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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Jocasta Priamo

Mais um lançamento de desenho do Tiarles aqui no blog! Dessa vez conheceremos Jocasta Priamo, da jogadora Laisa Ramos.

A personagem tem seu nascimento em Calco, mas foi criada em Marana, onde passa suas aventuras com outros aventureiros, incluso aí, as personagens Monforti e Mirai Alcaiu.

O Tiarles oferece a oportunidade de todos os leitores fazerem os seus personagens prediletos com ele. Basta contatá-lo na sua vitrine virtual, na Desenhos e/ou Rabiscos. Lembrando que os direitos autorais, morais e de propriedade de todas as imagens da promoção são dele. Qualquer um que queira usar suas imagens deve citar os devidos créditos. E se encontrarem qualquer site usando essas imagens, favor denunciar!

Abaixo, a história de Jocasta.

Jocasta Priamo


Filha de Dougal e Lívia, nascida no reino de Calco.

Jocasta estava destinada a nascer um lar feliz, se não fosse por um acontecimento instituído pelo destino, um incidente infeliz, o falecimento de sua mãe após dar a luz a mesma.

Naquele fatídico dia, Dougal após acabar sua refeição noturna, resolveu conversar com seu hóspede Moisés que estava prestes a ir embora, quando ouviram os gritos. Dougal identificou como o de sua amada esposa e sem pestanejar correu-lhe ao encontro. Ao vê-la caída ao chão, segurando a barriga, tomou-a em seus braços, levou-a para o quarto e solicitou a Moisés que fosse buscar a parteira. Moisés girou nos calcanhares e foi cumprir sua missão o mais rápido que pode, já que era de idade avançada.

Lívia cada vez gritava mais e mais alto, suava frio e quando a parteira invadiu a casa apressadamente estranhou, ainda faltava mais de um mês para a criança nascer, mas o trabalho de parto havia começado. O mais depressa possível se preparou para que pudesse trazer aquela apressada criança ao mundo e quando solicitou a Dougal que saísse do quarto, foi-se toda aquela aparente calma e o mesmo começou a descontrolar-se, gritando que não poderia deixar a pessoa que ele mais amava gritando por ele e fazendo força para ficar.

Foi através de um argumento, após eternos minutos de convencimento, que Moisés, conseguiu convencer Dougal a sair do quarto e deixar a parteira trabalhar. O “convencimento” de Moisés foi tão eficaz, que Dougal saiu do quarto como se nada estivesse acontecendo, como estivesse vivenciando outro momento feliz de sua vida.

O parto foi deveras complicado e somente após o choro da criança, foi que os gritos de Lívia cessaram, mas somente cessaram porque ao dar a luz, Lívia faleceu.

Dougal parece ter saído de seu momento de transe, ao escutar o choro de sua filha e novamente começou a desesperar-se querendo vê-las e imaginando que aquele era o dia mais feliz de sua vida, pois era o dia que foi esperado por tanto tempo pelo casal, afinal de contas, os deuses os haviam abençoado depois de anos de oferendas na busca do milagre de sua esposa poder gerar um filho. Plantou-se na porta do quarto e ficou esperando até a parteira abri-la e quando a parteira o fez e ele viu o rostinho de sua filha pela primeira vez, não pode conter as lágrimas, eram lágrimas de alegria, de alívio... e não via a hora de correr para sua esposa e beija-la, agradecendo pelo belíssimo presente.

Quando foi em direção a cama, a parteira o parou, colocando a mão em seu peito e sem emitir nenhuma palavra baixou a cabeça e soltou um longo suspiro. Dougal olhou para o corpo imóvel de sua amada esposa e se aproximou lentamente. Ao chegar bem perto, com uma das mãos lhe afagou o cabelo e foi caindo de joelhos ao lado da cama, sem emitir um só som.

De joelhos com sua filha no colo e olhar distante, gritou, gritou com toda força de seus pulmões pelo nome de Lívia e desmoronou em um mar de lágrimas. A parteira, tomando a criança em seus braços a tirou do quarto, permitindo que Dougal e Lívia tivessem seus últimos momentos juntos.

A cerimônia religiosa foi realizada no dia seguinte. Dougal não expressava mais vida em seus olhos e pediu a Moisés que ficasse com sua filha, já que este havia se mostrado um bom homem. Passaria o dia fora, para colocar sua cabeça no lugar. Moisés vendo o desespero do homem aceitou de pronto o pedido.

Passou um dia, uma semana, duas e Dougal não voltava. Acabara o tempo de pesquisa de Moisés naquele lugar e ele tinha responsabilidades que deveriam ser retomadas. Deixando um bilhete e recado com os vizinhos, levou a criança para Lubliana e chamou-a de Jocasta, que era o nome da vontade dos pais.

Os anos se passaram e Dougal não mais apareceu e não deixou qualquer vestígio de vida, então Moisés Priamo criou e cuidou de Jocasta como sua própria filha, iniciando-a inclusive no mundo da magia e compartilhando seus conhecimentos no intuito de a mesma poder auxiliá-lo.

Por ter tido um começo de vida tão infeliz, Moisés sentiu-se na obrigação de evitar ao máximo qualquer sofrimento para Jocasta e a criou cercada de carinho e proteção. Jocasta teve uma infância feliz, apesar de sua vida reclusa se esforçou muito para aprender tudo o que Moisés a ensinara.

Ao chegar à adolescência, Moisés decidiu que era hora de Jocasta se socializar, já que a mesma apresentou muita vontade e ansiava desesperadamente pela oportunidade. Nesta trajetória de conhecimentos e relacionamentos interpessoais, estabeleceu dois melhores amigos Lardiner e Amoá. Sempre que podiam estavam juntos, pois afinal de contas, todos trabalhavam e estudavam no mesmo lugar. Amoá era serviçal do príncipe, Lardiner fazia parte da guarda e Jocasta vivia estudando lá, pois era o trabalho de seu pai, que era o sábio de Lubliana.

Com o passar do tempo, Jocasta foi amadurecendo e começou a se interessar por Lardiner. Não o via mais como aquele menino franzino com quem nos momentos em que não estava reclusa, fugia para brincar, mas como um homem. Apesar de todo interesse afetivo que Jocasta nutria por Lardiner, nunca tocou no assunto, esperava o momento para falar, quando o ouviu em uma roda de amigos esnoba-la, humilhando-a de maneira tal que ela não pode reconhecer seu amigo, aquele se sempre a defendeu, desta vez sem piedade esnobava-a, dizendo inclusive que ela não era nada, não era capaz de nada e não nunca serviria para nada a não ser cuidar do pai quando este envelhecesse.

Com o coração em frangalhos, Jocasta se afastou tentando não ser percebida pela roda de soldados e buscou um canto para desabafar, chorar e ver se aquele sentimento, aquela dor pudesse sair de dentro de seu peito. Nunca sentira tanta dor e foi ai que parou para pensar em sua vida. Realmente nunca havia feito nada de especial e sentia que tinha potencial para fazer. Com isso, ela sentiu que poderia provar para ela mesma, para o Lardiner e todos os outros que riram dela que era capaz de algo que não só cuidar de um pai velho.

Mesmo sentindo-se humilhada, desorientada e sua auto-estima lá no pé, sentiu seu coração queimar de desejo e esperança de uma vida melhor, a vida que ela realmente queria e não a vida no qual ela caira de pára-quedas.

Jocasta então resolveu buscar aventuras e auto-conhecimento, prometendo a Moisés sempre voltar para que ele veja que ela está bem e que quando se sentir pronta ficará em Lubliana definitivamente para continuar seu aprendizado.

Jocasta nunca se mantém muito tempo distante pois precisa manter seu pai tranqüilo, sabendo que ela está bem e também porque apesar de todo o sofrimento, não consegue esquecer Lardiner.

Um comentário:

  1. Laisa sempre com personagens detalhados e profundos!

    Parabens também ao Tiarles, qualidade profissional no desenho.

    Thiago Pacheco

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