O elfo sombrio busca algo especial nas florestas de
talo-barril, fungo encontrado nas áreas mais úmidas do subterrâneo. Ao menos
sua busca não será desprovida de recursos de sobrevivência, pois os
talos-barris crescem como tubos compridos, retendo a água pingada das
infiltrações da superfície - as mesmas que ao passarem pelo solo, criam as estalactites.
O fungo se alimenta dos detritos vindo com a água, mas ele próprio utiliza
pouca água para sua nutrição, e ela sobra no espaço oco da planta, livre de detritos
e torna a água ao ponto de destilada –
sim, estes fungos são filtros naturais. A “carne” do fungo é nutritiva o
bastante para livrar viajantes da fome, ainda que terão que mastigar um
alimento de gosto e textura próxima a de um pedaço de armadura de couro leve.
Os rastreadores do “Mundabaixo”, como é chamado o subterrâneo, evitam estragar os caules mais altos para alimentação,
devorando os de caule mais baixo, que retém menos água. Os locais onde crescem tais
fungos normalmente são de chão seco e sem estalagmites, salvo por um eventual transbordo.
Desnecessário dizer que a as formas de vida do escuro apreciam tais florestas
para se alimentar dos que dela se alimentam e bebem.
Para os que acompanham o Alan-MM, fica uma dica muito
prática para fazer esses cenários de fungos: as cracas, crustáceos de rochedo
muito comuns em diversas praias do Brasil. Nas praias onde esses animais vivem,
eles se proliferam bem, não raro, costumando serem verdadeiras pragas se
multiplicando em rochedos, pneus flutuantes e casco de barcos, onde são
raspados com frequência pelos pescadores. Pois é, o que é lixo para alguns, é
luxo para nós!
Pinto as cracas por gosto, mas na prática elas poderiam ser
usadas in natura bastando prendê-las numa
base. Nas praias pode-se coletar matéria-prima suficiente para criar um mega floresta
de fungos!
O cristal é uma peça da Hirsts que ganhei na época do
concurso LOTR Brasil. Para os colegas que queriam algo do tipo, sugiro esculpir
um pedaço de plástico por mera raspagem do plástico numa lixa de parede até
dá-lhe forma poliedral.
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